Fonte: Paraíba Online
O encontro aconteceu na manhã desta sexta-feira, 11, no Teatro Paulo Pontes, e ainda contou com a participação do secretário de Obras e Planejamento da cidade, André Agra. Técnicos da Seplan também estiveram presentes para tirar dúvidas sobre o processo de inscrição.
Na abertura da reunião, Romero Rodrigues fez um balanço do primeiro ano da epidemia da síndrome da zika congênita, que causa alterações neurológicas como a microcefalia. O prefeito ressaltou que, desde o surgimento dos primeiros casos da doença na cidade, a Prefeitura vem tomando medidas para assegurar o tratamento das crianças.
Romero destacou a criação, ainda em novembro do ano passado, do ambulatório especializado de microcefalia no Hospital Municipal Pedro I, que hoje se tornou referência no cuidado humanizado às crianças com microcefalia.
Em relação às casas do Aluízio Campos, onde a Prefeitura está construindo 4.100 moradias, dentro do Programa Minha Casa, Minha Vida, o prefeito lembrou que a inclusão das famílias de crianças com microcefalia, dentro dos critérios prioritários, foi uma iniciativa da atual gestão municipal, anunciada em fevereiro deste ano.
“A partir do modelo de Campina Grande, o Governo Federal estabeleceu, recentemente, o mesmo critério, em relação à microcefalia, para todos os projetos de habitação do programa em âmbito nacional”, enfatizou.
Segundo o prefeito a ideia de destinar residências para as famílias campinenses, que possuem crianças com microcefalia, surgiu da necessidade de amenizar o impacto da doença na vida dos pais dos bebês.
“A rotina de exames e consultas das crianças é muito intensa. As mães, principalmente, têm se dedicado exclusivamente ao tratamento dos filhos, dificultando o retorno ao mercado de trabalho. Com isso, o valor do aluguel na vida destas famílias se tornou um peso maior ainda”, justificou.
Romero Rodrigues confirmou ainda que, nas próximas semanas, será agendada com essas famílias uma visita ao complexo habitacional Aluízio Campos.
“Elas poderão conhecer as casas onde, futuramente, todas irão residir”, disse. Segundo Romero, a recomendação é para que todas as demandas burocráticas sejam solucionadas e também que as residências, destinadas a essas famílias de bebês com microcefalia, sejam localizadas próximas às creches, escolas e unidades de saúde, facilitando a mobilidade.
Alessandra Amorim é mãe da primeira criança com microcefalia atendida no ambulatório do Hospital Pedro I. Ela participou do encontro com prefeito e afirmou que mora de aluguel numa residência de apenas um quarto, no bairro do Pedregal, com o marido, a mãe e os quatro filhos.
“Com a casa da Prefeitura, meu filho vai crescer numa espaço melhor e com mais condições para se desenvolver”, comemorou.
Direitos – Além da garantia da moradia, a Prefeitura ainda disponibiliza transporte gratuito para as crianças nos dias de tratamento. As creches da rede municipal de educação também já estão sendo preparadas para receber as crianças com microcefalia.
O treinamento dos profissionais das creches é realizado pela equipe multiprofissional do ambulatório do Hospital Pedro I, que já atende 124 crianças de toda a Paraíba, sendo apenas 17 de Campina Grande.