A Caixa Econômica Federal anunciou que já estão em vigor as novas regras do programa Minha Casa Minha Vida. As mudanças anunciadas abarcam aumento do valor máximo do imóvel a ser comprado, acréscimo no subsídio e redução da taxa de juros.

Criado, originalmente, para possibilitar a aquisição da casa própria por famílias de baixa renda, hoje, o presidente da Associação dos Mutuários da Habitação (ABMH), Vinícius Costa, observa que já é possível dizer que é um programa de frente extremamente ampla.

“Isso graças ao reajuste do valor do imóvel a ser financiado e ao limite de renda que se aplica a cada uma das faixas do programa”, diz o advogado.

Segundo ele, além dos mutuários, a notícia é extremamente relevante para os construtores e incorporadores. “Isso porque os aumentos implementados vão gerar maior procura por novos imóveis aquecendo sobremaneira o mercado imobiliário.”

De acordo com o anunciado pela Caixa, as faixas do programa foram atualizadas nos seguintes termos:

Faixa 1 até R$ 2 mil: Cotista do FGTS recebe 4% (Norte e Nordeste) e 4,25% (Sul, Sudeste e Centro-Oeste). Não cotista paga 4,5% (Norte e Nordeste) e de 4,75% (Sul, Sudeste e Centro-Oeste)

Faixa 1 entre R$ 2.000,01 a R$ 2.640: Cotista do FGTS recebe 4,25% (Norte e Nordeste) e 4,50% (Sul, Sudeste e Centro-Oeste). Não cotista paga 4,75% (Norte e Nordeste) e 5% (Sul, Sudeste e Centro-Oeste).

Faixa 2 entre R$ 2.640,01 a R$ 3.200: Cotista do FGTS recebe 4,75% (Norte e Nordeste) e 5% (Sul, Sudeste e Centro-Oeste). Não cotista paga 5,25% (Norte e Nordeste) e 5,5% (Sul, Sudeste e Centro-Oeste).

Faixa 2 entre de R$ 3.200,01 a R$ 3.800: Cotista do FGTS recebe 6,5% em todo país. Não cotista paga de 6% em todo o país em todo país.

Faixa 2 entre R$ 3.800,01 a R$ 4.400: Cotista do FGTS recebe 5,5% em todo país. Não cotista paga de 7% em todo o país em todo país. 

Faixa 3 entre R$ 4.400,01 a R$ 8 mil: Cotista do FGTS recebe 7,66% em todo país. Não cotista paga de 8,16% em todo o país em todo país.

Para as famílias na faixa 3, com renda mensal de R$ 4.400 a R$ 8.000, o custo do imóvel que pode ser adquirido aumentará de R$ 264 mil para R$ 350 mil em todo o território nacional.

Já nas faixas 1 (até R$ 2.640) e 2 (R$ 2.640,01 a R$ R$ 4.400), o valor dependerá da localização da unidade habitacional e ficará entre R$ 145 mil, para municípios com até cem mil habitantes, e R$ 190 mil ou R$ 264 mil, nos demais.

Nas duas primeiras faixas, o limite anterior variava de R$ 130 mil a R$ 230 mil.

Com relação ao subsídio dado pelo governo, o valor máximo passou de R$ 47.500,00 para R$ 55.000,00. Além disso, o governo também subsidiará até 95% do valor de aquisição do imóvel para a faixa 1.