Fonte: O Globo

RIO – Gastos que poderiam ser evitados é um problema que atinge várias áreas do governo. De janeiro a outubro, por exemplo, o custo com aluguel de imóveis chegou a R$ 74 milhões. A locação do prédio onde funciona a Secretaria estadual de Cultura, na Rua da Quitanda, no Centro, consumiu este ano R$ 4,2 milhões, sendo R$ 1 milhão só para o condomínio. Já as salas que abrigam o Departamento de Transportes Rodoviários do Estado (Detro) na Rua Uruguaiana (também no Centro) custaram R$ 2 milhões até agora. As vagas alugadas no Edifício Menezes Cortes também pesam nos cofres públicos: R$ 5,6 milhões, este ano.

Os gastos na área de transportes, incluindo aéreo, também ajudam a inflar as contas estaduais: em outubro, o valor chegava a R$ 7 milhões.

Já as despesas relacionadas a aluguel de veículos, como os carros das polícias Civil e Militar, somam R$ 34 milhões de janeiro a outubro deste ano. O montante inclui a frota com motoristas, utilizada para o deslocamento pessoal de funcionários do primeiro escalão.

— Se o governo conseguisse poupar nas locações poderia, por exemplo, aplicar os recursos na manutenção das viaturas — afirma o deputado Pedro Fernandes.

Ainda de acordo com o relatório, o governo gasta R$ 31 milhões com o pagamento de servidores cedidos ao estado. Para o economista Rodolfo Nicolay, o problema do Executivo é não ter eficiência no controle dos gastos públicos:

— Desorganização gera a ineficiência. Ter que remunerar servidores cedidos mostra que o estado não consegue cumprir o que deveria fazer apenas com seus funcionários. Isso gera um custo alto.