Governo do estado alega crise e pretende arrecadar recursos com vendas.
Processo inclui Macapá Hotel, Comandante Solon e mais de 600 veículos.

Fonte: G1 AP

Em função da crise financeira e dificuldade na arrecadação de recursos, o Governo do Amapá está finalizando o processo de avaliação de bens, que incluem imóveis e veículos, que serão leiloados a partir de 2017. Com propriedades como o Macapá Hotel, o navio Comandante Solon e mais de 600 veículos, o Executivo prevê arrecadar até R$ 50 milhões para o tesouro.

O processo chamado de “desmobilização de ativos” realizou levantamento e identificou na capital, nos municípios e até em outros estados, imóveis e veículos para negociação. Os leilões, que ainda não tiveram regras definidas, estão definidos para iniciarem no primeiro trimestre de 2017, antecipa o titular da Secretaria de Planejamento (Seplan), Antônio Teles.

O ativo com maior valor previsto é o Hotel Macapá, na orla da capital, avaliado inicialmente em R$ 27 milhões. O imóvel construído na década de 1940 funciona até hoje e recebe centenas de visitantes todos os meses. O espaço ainda conta com restaurante e áreas para lazer e eventos culturais.

Outro local avaliado é a antiga república para estudantes que fica em Belém, no Pará, com preço inicial para leilão de R$ 2,3 milhões. O local atualmente estaria sem uso e gerando custos de manutenção para o estado, acrescentou o secretário de planejamento.

O único item ainda sem avaliação é o Comandante Solon, que tem 64 metros e comporta até 555 passageiros.

“A única pendência de avaliação é o Comandante Solon, pois a Marinha determinou que ela fosse feita por um avaliador que não fosse do Governo, nem da Marinha. Estamos providenciando a contratação de um avaliador externo só para dizer quanto custa o ativo”, explicou o secretário sobre o navio, que está ancorado há mais de um ano no Rio Matapi.

Em janeiro de 2016, o governo iniciou reparos no casco e cogitou a ideia de usá-lo como navio-hospital através de uma parceria com a Marinha do Brasil.