Fonte: Valor
SÃO PAULO – O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) estima queda de 5,3% no Produto Interno Bruto (PIB) do setor neste ano, após retração de 6,52% em 2015 e de 2,14% em 2014.
Para o próximo ano, a expectativa do Sinduscon-SP é que haja alta de 0,5% no PIB do setor.
As estimativas foram calculadas em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), a partir de dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A projeção de aumento da atividade da construção em 2017 baseia-se na perspectiva do início das reformas macroeconômicas, na contratação de 40 mil unidades da faixa 1,5 e de 70 mil unidades da faixa 1 do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida — além do reflexo da melhora da confiança em mais decisões de investimento a partir do segundo semestre.
De acordo com o Sinduscon-SP, há expectativa também de retomada de 1,6 mil obras paradas de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do avanço do programa de concessões e licitações. A entidade cita que, em 2016, o desemprego aumentou, a renda caiu, o crédito ficou mais caro e restrito e que houve retração do consumo e dos investimentos público e privado.
Por outro lado, a inflação desacelerou, os custos setoriais continuaram abaixo da inflação, a taxa de juros começou a ser reduzida e houve anúncio da retomada das contratações do Minha Casa, Minha Vida, incluindo a faixa 1,5.
INACC
O Indicador de Atividade das Empresas da Construção Civil (INACC) caiu 19,3%, no acumulado do ano até setembro, de acordo com o levantamento. Em 12 meses, a queda acumulada é de 13,71%.
Trata-se de indicador da produção física das empresas, criado com o objetivo de ser mais adequado ao ciclo do setor, segundo o Sinduscon-SP. O nível total de emprego, a produção física dos insumos e de bens de capital e o nível de utilização da capacidade para equipamentos e trabalho foram considerados no cálculo do indicador.
Na composição do indicador, o nível de emprego tem peso de 45%, a produção física de insumos, de 40%, e a produção física de bens de capital, de 15%.