O preço médio do m² para venda em Salvador apresentou valorização de 3,5% em setembro de 2016 comparado a setembro de 2015, segundo o DMI-VivaReal

 Fonte: Correio

Durante quase dois anos, o mercado imobiliário de Salvador amargou maus momentos no banco de reserva das vendas, com baixo desempenho em relação ao número de unidades lançadas. Os dados são do último levantamento DMI-VivaReal, no entanto, mostram um sinal de recuperação e a tendência da capital baiana de voltar ao jogo.

O preço nominal médio do m² para venda em Salvador teve   valorização de 3,5% no mês de setembro de 2016 na comparação com setembro de 2015, passando de R$ 4.831 para R$ 5 mil. Esta é a maior valorização do m² para venda nos últimos dois anos. Ainda assim, a valorização dos imóveis segue abaixo da inflação.

A explicação para o cenário otimista, segundo a diretora de Inteligência de Mercado do site VivaReal (de anúncios de imóveis), Aline Borbalan, é que o setor imobiliário de Salvador está se reequilibrando. “Nos últimos anos, o número de lançamentos foi maior do que a demanda. Associado a isso, o cenário de recessão fez com que o setor enfrentasse uma crise. Agora o mercado conseguiu absorver os volumes que lançou”, diz.

Outro fator determinante para a retomada das vendas é o crédito para financiamento dos imóveis. Aline Borbalan explica que a Caixa Econômica, que concentra cerca de 70% das transações de crédito do mercado imobiliário, teve um peso importante nesta volta ao jogo.

“Em 2015, a Caixa revisou os limites de financiamento de 90% para apenas 50%  para imóveis usados. Isso fez com que a demanda de consumidores interessados em comprar imóveis caísse de 77% à época para 50% no início deste ano”, aponta. “Foi então que o banco entendeu que isso estava impactando no mercado imobiliário e aumentou novamente, em março deste ano, o limite para financiamento, agora de 70%”, completa.

Para a especialista, o Plano Diretor e a aprovação da Louos na capital baiana também são fatores positivos que tendem a destravar o setor e impulsionar o mercado imobiliário como não acontece com nenhuma outra cidade atualmente.

O DMI-VivaReal (Dados do Mercado Imobiliário) é um levantamento realizado mensalmente com uma amostra de 30 cidades em diferentes regiões e mais de dois milhões de imóveis usados disponíveis para compra ou aluguel.

Os dados da pesquisa DMI-Viva Real confirmam que o mercado já começa a reagir diante da solução no cenário político e retomada da confiança do empresário e do consumidor. É o que analisa o presidente da Ademi-BA (Associação das Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia), Luciano Muricy.

“O que a gente espera é um crescimento, já a partir desse último trimestre de 2016, e que ele se mostre mais forte no próximo ano com a redução de juros, sua consequente influência no desempenho da caderneta de poupança e uma oferta maior de crédito como já vimos antes”, afirma Luciano.

Bairro desejado
O bairro da Pituba foi o mais procurado para venda em Salvador e também ganhou destaque no ranking nacional ocupando o 8º lugar. Em todo o Brasil, a Pituba perdeu apenas para Vila Mariana (São Paulo), Barra da Tijuca (Rio de Janeiro), Tatuapé (São Paulo), Campo Grande (Rio de Janeiro), Recreio dos Bandeirantes (Rio de Janeiro), Ipiranga (São Paulo) e Boa Viagem (Recife).

O engenheiro civil Pedro Noronha é uma das pessoas que escolheram o bairro para morar. Há dois meses, ele comprou um apartamento em um condomínio de prédios na Pituba. “Eu morava em outro lugar e meus pais moravam na Pituba. Recentemente, resolvi vender o outro imóvel e me juntar à família. É uma área muito boa, inclusive tive a oportunidade de construir empreendimentos no bairro e sei que a procura é grande”.

O maior atrativo da Pituba, de acordo com Luciano Muricy, presidente da Ademi-BA, é a grande disponibilidade de serviços. “É um bairro bastante eficiente quanto aos serviços, com facilidade de transporte, escola, farmácia, supermercados, tem praia e ainda fica próximo ao centro financeiro de Salvador – a Avenida Tancredo Neves”, ressalta.

Pedro Noronha garante que esse diferencial também pesou na decisão pela Pituba.  “Aqui você faz muita coisa andando e consegue resolver a vida toda perto de casa. Sem falar da escola dos meus filhos, que também fica perto. Para mim, a Pituba é o bairro mais central de Salvador”.

Mais desejados:

  • Pituba
  • Imbuí
  • Piatã
  • Itapuã
  • Brotas
  • Patamares
  • Barra
  • Graça
  • Costa Azul
  • Cabula