Fonte: Terra

acordo com pesquisa mensal sobre as condições do mercado imobiliário, é possível identificar alguns fatores que estavam tornando os aluguéis uma opção mais atrativa para muitos consumidores.

Vamos falar, a seguir, um pouco mais sobre os principais deles: a elevação da taxa de desemprego, o crédito restrito e os altos custos de empréstimos.

Aluguel de imóveis no Brasil

Atualmente, nos Estados Unidos e na Europa, os aluguéis apresentam média de 7% a 8% do valor de um imóvel em um ano. Já no Brasil, a média é de 6%.

No terceiro trimestre de 2016, os valores de aluguéis atingiram o menor nível dos últimos três anos (desde Junho 2013). Entre os meses de Julho a Setembro, eles caíram 5,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O crescimento da busca por imóveis residenciais alugados
Segundo dados do Secovi-SP, sindicato do mercado imobiliário, os preços de novos contratos de aluguel residencial tiveram retração de 2,2% nos 12 meses que encerraram no mês de Julho.

Nesse mesmo período, de acordo com a FGV (Fundação Getulio Vargas), o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado, também chamado de “inflação do aluguel”) acumulou alta de 11,63%. No ano até julho, a queda do valor de contratos novos foi de 1%, ante alta de 6,09% do IGP-M no período.

É importante ressaltar que, quando há queda do valor de contratos e alta do IGP-M, vale mais a pena para o locatário alugar um apartamento novo em determinadas regiões do que renovar o contrato antigo, se reajustado pelo IGP-M.

Assim, os locatários que estão com o contrato perto de vencer aproveitam a queda do valor médio de locação para negociar com o locador.

Em Setembro, segundo Pesquisa Mensal de Locação do Secovi-SP (Sindicato da Habitação), imóveis com 1 e 3 dormitórios tiveram retração de preço comparado ao mês de Agosto, com variação média de 0,5% e 1,1%, respectivamente. Já os imóveis de dois dormitórios permaneceram com o preço estabilizado.

Aluguel de imóveis: uma opção atrativa para muitos consumidores
Agora, vamos falar sobre os fatores que estão tornando os aluguéis uma opção mais atrativa para muitos consumidores no mercado imobiliário.

A elevação da taxa de desemprego e a queda na renda
O desemprego e a incerteza de emprego e sobre o futuro inibem o endividamento de longo prazo e, consequentemente, faz com que a procura por aluguel de imóveis cresça.

Isso porque todos esses fatores geram insegurança e impactam na renda dos brasileiros, que, sem certeza de trabalho nos próximos meses, adiam investimentos, como a compra de um imóvel.

Com o objetivo de reverter esse quadro e reaquecer o mercado, a Caixa Econômica Federal, que é responsável por dois de cada três financiamentos de imóveis no Brasil, mudou algumas regras de financiamento.

Os altos custos de empréstimos e o crédito restrito
Os altos custos de empréstimos têm feito com que menos consumidores procurem por crédito. Segundo indicador da Serasa Experian, o número de pessoas que buscou crédito em Setembro de 2016 caiu 3,6% ante o mês anterior.

A procura menor por crédito foi observada em todas as faixas de renda e regiões do País. No Norte, a baixa foi de -6,2%, seguida por Nordeste (-4,8%), Centro-Oeste (-6,1%), Sul (-6,3%) e Sudeste (-1,5%).

A dificuldade de conseguir financiamento faz com que a locação ganhe mais adeptos.

As incorporadoras estão mais confiantes

As incorporadoras estão mais confiantes do que os próprios consumidores. Em Agosto desse ano, a Cyrela, uma das principais incorporadoras do país, afirmou que o cancelamento das vendas deveria cair apenas no médio prazo.

Os financiamentos imobiliários

Os financiamentos imobiliários somaram R$ 3,8 bilhões em julho de 2016, o que representa uma queda de 60% em relação ao mês de abril de 2015, período em que houve alterações nas regras de empréstimos da Caixa Econômica Federal.

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