Fonte: Ademi
O banco não planeja, contudo, estender a redução para outras modalidades de empréstimo, disse o vice-presidente de finanças do banco, Osvaldo Bruno Brasil.
Na semana passada, o banco anunciou que repassaria a queda da taxa básica da economia (Selic), de 14,25% para 14% ao ano, para a compra da casa própria.
“Apesar de o momento ser muito desafiador para a poupança, a desaceleração do setor imobiliário foi maior que a queda nas captações da poupança”, disse Brasil.
Os bancos precisam direcionar ao menos 65% do dinheiro que os clientes aplicam na caderneta para o crédito imobiliário. À medida que um mutuário paga parte do financiamento, o banco precisa encontrar outro cliente para emprestar esse dinheiro.
Já o risco de a inadimplência, de 3,48% em setembro, voltar a crescer inibe a redução de juros em outras linhas.
“Qualquer medida de repasse de juros de forma muito acelerada pode não ser a mais adequada, dadas as incertezas da economia”, afirmou o executivo.
A Caixa tem usado juros para expandir a margem financeira, que é a principal fonte de receita de um banco, gerada pela diferença entre o custo para captar dinheiro e quanto o banco cobra do cliente em um empréstimo.
No trimestre, a margem foi de R$ 11,9 bilhões, alta de 8,8%, “fruto de uma gestão mais ativa das taxas de juros”.
Na prática, o banco gastou menos remunerando investimentos dos correntistas e cobrou mais nos empréstimos.
O banco também acompanhou seus rivais ao crescer em empréstimos com garantias (como consignado, além do imobiliário) e em receitas com tarifas (como conta-corrente e vendas de seguros).
Ainda assim, o lucro da Caixa caiu 67%, para R$ 998 milhões. A variação é distorcida por pelo crédito tributário de R$ 2 bilhões no terceiro trimestre do ano passado.