Fonte: Correio de Corumbá

Corumbá sofre os efeitos da crise no país. Placas de vende-se e aluga-se estão espalhados pela cidade. O cenário não é diferente do resto do Brasil. A tradição de comprar imóveis para alugar tem se tornado uma dor de cabeça para os pequenos locadores, que se vêem forçados a reconsiderar os preços oferecidos. Isto porque a procura por esses imóveis tem diminuído pela dificuldade dos consumidores em cumprir contratos longos, já que a situação econômica traz o fantasma do desemprego. Com isso, muitos proprietários praticam preços abaixo do mercado. Afinal, um imóvel alugado é melhor do que um parado, que dá prejuízo, inclusive com a manutenção. Outra solução tem sido renegociar contratos de forma que siga favorável tanto para os locatários quanto para os locadores.

Outro fator que influencia é o temor em investir em áreas de comércio quando não se tem mais certeza que o retorno virá. Mas o início do ano foi pior, já que há uma tendência nacional de só começar os investimentos após o período de festas carnavalescas. Observa-se também que nos últimos tempos, houve uma preferência em buscar imóveis que se localizem na periferia de Corumbá, por apresentarem preços mais reduzidos.

Toda essa situação tem feito com que empresas repensem sobre os negócios e se adéqüem à realidade do nosso país. Algumas delas estão fechando unidades e dando preferência àquelas que ainda dão lucros. Citando exemplos da capital, Campo Grande, empresas como o Maxxi Atacado e Walmart tem usado essa estratégia para não fechar todos os seus pontos e reduzirem gastos.

Mas o site www.agenteimovel.com.br/ indica que esse é de fato um momento favorável para quem deseja investir em imóveis usados. Isto porque os preços dão sinais de desaceleração. O site indica ainda que o preço desses imóveis estão mais estáveis nas principais cidades do país, inclusive em São Paulo, maior centro nacional. A informação é confirmada por Delso José de Souza, presidente do CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis). Delso informa que as previsões indicam que a situação deve melhorar nos próximos meses. Com a economia estabilizada, a previsão é que volte a confiança no mercado. Ele destaca ainda que há regiões como Tiradentes e Rita Vieira, que apresentam uma valorização maior e vem se desenvolvendo mais nos últimos anos.