Ao pesquisar o custo do financiamento para compra do imóvel entre diversas instituições financeiras, o consumidor pode economizar até R$ 47 mil. É o que concluiu o levantamento realizado pela Associação Brasileira de Defesa do Consumidor – Proteste. O estudo apontou quais bancos oferecem as maiores e menores taxas no crédito imobiliário. Foram simuladas três situações para um perfil de comprador de 35 anos e um prazo de financiamento de 30 anos.

Para saber qual é a instituição financeira mais atrativa, o consumidor pode fazer a pesquisa comparecendo aos bancos ou por meio da internet, como orienta o presidente Associação dos Mutuários da Habitação (ABMH), Lúcio Delfino. “Os bancos possuem simuladores de financiamento que ajudam os clientes a fazer o cálculo. Além disso, existem sites especializados em fazer comparações de taxas de financiamento, como o www.canaldocredito.com.br”, como indica.

A pesquisa possibilita economia de dinheiro, já que os financiamentos habitacionais têm suas regras estabelecidas em lei e regulamentações do Banco Central, conforme Lúcio Delfino. “Logo, os benefícios dessa pesquisa são de ordem econômica”, conclui.

No entanto, o presidente da ABMH adverte que, mesmo assim, o consumidor deve ter cuidado ao analisar o Custo Efetivo Total (CET) do financiamento. “Um financiamento habitacional é acompanhado de seguro obrigatório e taxas de administração. Deste modo, o consumidor deve levar em consideração esses outros custos na hora de escolher o banco. Às vezes a taxa de juros de um banco é baixa, mas a de administração e o seguro cobrados são muito altos, o faz com que o financiamento fique mais caro, mesmo tendo uma taxa de juros menor.”

Além das taxas, o consumidor deve tomar alguns cuidados ao escolher a instituição no qual vai obter crédito imobiliário. “Muitos bancos tentam praticar a venda casada na hora da concessão do financiamento, o que é ilegal. Títulos de capitalização, seguros de vida, contas com taxa de manutenção caras, cartões de crédito são alguns dos produtos que os gerentes tentam ‘empurrar’ no consumidor”, diz Lúcio Delfino.

De acordo com ele, alguns gerentes condicionam a contratação desses produtos à liberação do financiamento, o que é ilegal. “Caso isso aconteça, o consumidor deve se dirigir aos órgãos de proteção e registrar queixa contra esse tipo de atitude.”

De qualquer forma, o presidente da ABMH ressalta que o importante sempre é verificar o CET – Custo Efetivo Total, prazo do financiamento e sistema amortização. “O consumidor sempre deve fugir de taxas de administração altas e da tabela Price, pois nela se paga mais juros do que no sistema de amortização constante (SAC). A tabela Price embute em sua fórmula a capitalização de juros e por isso gera essa distorção”, explica Lúcio Delfino.