A conquista da casa própria para muitos sempre foi um sonho. Políticas públicas de incentivo e a ascensão econômica das classes C e D acabaram por facilitar a entrada dessa parcela da população no mercado imobiliário. A partir daí, construtoras e incorporadoras passaram a ver nesse segmento da sociedade uma excelente opção de mercado consumidor.
A queda de juros em financiamentos habitacionais, especialmente os oferecidos pela Caixa Econômica Federal, e a expansão do programa Minha Casa Minha Vida contribuíram para um panorama favorável para as classes C e D. “Além desses pontos, uma mudança na postura educacional econômica do cidadão e também uma visão mais focada dos bancos que concedem financiamento habitacional para essas classes acabou por favorecer esse cenário”, avalia Vinícius Costa, presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH).
Mas a facilidade em obter crédito para financiamentos habitacionais não dispensam uma boa educação financeira por parte dos consumidores. “Afinal, esse tipo de contrato pode ser superior a 30 anos. Além disso, é necessária uma pesquisa mais aprofundada do negócio, recorrendo ao auxílio de especialistas”, aponta Vinícius Costa.
Como resultado de todo esse movimento, há um aumento de investimentos da iniciativa privada e a economia micro da região e macro do país passam a fluir, pois o setor da construção civil é sim considerado um sensor da economia. “Se a construção aquece, gera emprego, gera renda e gera mais negócios”, avalia o presidente a ABMH.